sábado, 7 de junho de 2014

1914-1918 - CENTENÁRIO DE UMA HECATOMBE



A Primeira Grande Guerra -- aquela que, nas esperanças humanas, acabaria com todas as outras --, está completando cem anos. Quando criança, as imagens que eu tinha de uma guerra referiam-se a este conflito; somente na adolescência elas foram sendo substituídas pelas cinematográficas. Isto porque minha querida e saudosa avó materna, Maria de Carli, vivenciou, no front italiano, as consequencias desse desatino em grande escala. Seus relatos, acompanhados pelos olhinhos arregalados da minha mãe e meus tios nas noites paulistas, ao calor aconchegante do fogão de lenha, perduram no imaginário familiar.
No verão de 1914, Maria ainda não havia completado os onze anos. Corria pelas verdes planuras de Pasiano di Pordenone, em direção à Escola Comunal, embalada nos sonhos infantis, ansiosa pelo reencontro com a mestra querida, na esperança de tornar-se, mais tarde, ela mesma uma professora. Em sua casa -- um daqueles típicos sobrados do meio rural --, sua mãe, Virgínia Victor, dava conta dos afazeres domésticos, os quais incluíam a ordenha da vaca e a colheita dos ovos das poucas galinhas, enquanto seu pai, Antonio de Carli, cuidava das amoreiras, com seus vários bichos-da-seda, a nova e promissora fonte de renda da família, além do pomar e do pequeno vinhedo. Maria, a mais velha entre 8 irmãos, ajudava, claro, o papai e a mamãe, na faina diária, conforme os costumes familiares da época, além de sua dedicação aos estudos.
A Itália não se contava entre as nações mais ricas da Europa. Haviam regiões bastante sofridas. Mas, Pasiano di Pordenone, na época Província de Udine, região da Friuli, era um "tra i più avanzati comuni"(1). As associações agrícolas da Friuli do final do Século XIX e começo do XX, inspiradas pelas idéias mutualistas -- que hoje persistem como cooperativistas -- influenciaram uma exploração da terra e do trabalho mais avançada em relação a outras regiões. Empenhavam-se na modernização das técnicas agrícolas, no combate às pragas dos vinhedos, na introdução de novas culturas, como o bicho-da-seda e as orquídeas, desenvolviam cavalos de raça. O comune possuía um "laticínio social", fornos comunitários, uma pequena hidrelétrica, moinho e, ainda, investiam na formação e aperfeiçoamento dos agricultores e na educação popular. Uma empresa de cerâmica produzia azulejos que, tais como outros produtos, eram exportados para outras regiões do país e mesmo para o exterior (1). Enquanto que, a poucos quilômetros dali, na região do Vêneto, mais especificamente no comune de Motta di Livenza, sob condições mais severas, a família do meu avô materno, Pietro Vendrame -- que só viria a conhecer minha avó muitos anos depois, no Brasil -- viram-se obrigados a emigrar, dois anos antes, em busca de melhores condições de vida.
Assim viviam Maria, seus pais, irmãos, primos e tios, até que uns tiros de revólver desferidos por um estudante bósnio-sérvio de 20 anos, a algumas centenas de quilômetros dali, mudou a vida de todo mundo.
O Império Austro-Hungaro -- alemão e magiar, como indica o nome -- dominava povos italianos e eslavos -- estes últimos, os eslavos do sul, ou iugoslavos. E vivia em queda-de-braço com a Sérvia, também eslava, porém independente. Em 28 de junho de 1914, quando o Arquiduque Francisco Ferdinando , herdeiro do Império, visitava Sarajevo -- cidade da atual Bosnia-Herzegovina, na época sob seu domínio --, foi assassinado, juntamente com a esposa, pelo estudante bósnio-sérvio Gravilo Princip. A Áustria culpou a Sérvia e, viu no incidente uma oportunidade de acerto de contas: um mês depois do atentado, e após um ultimatum impondo condições inaceitáveis, invadiu o país eslavo. A Rússia, por ser aliada da Sérvia, declarou guerra à Áustria. A Alemanha, aliada da Áustria, declarou guerra à Rússia. A França, aliada da Rússia, declarou guerra à Alemanha. E a Inglaterra, aliada da França, veio em seu socorro. Pronto, os tiros do jovem Princip deflagraram a tragédia.

Cenas do atentado: O Arquiduque Francisco Ferdinando e sua esposa, em 28 de junho de 1914, saindo da prefeitura de Sarajevo para seu último passeio; Gravillo Princip sendo preso e conduzido pela polícia; O casal exposto no cadafalco.(2)

A Itália não entrou na guerra logo de início. Ela era aliada da Alemanha e da Áustria desde 1882, mas, tinha pendências territoriais com o Império dos Habsburgos. Então, procurou fazer a sua própria guerra, vendendo caro sua adesão a um lado ou outro. Como a Áustria não aceitou entregar-lhe suas regiões de língua italiana, a Itália aderiu aos aliados, em maio de 1915.
A partir daí a vida de Maria e sua família começou a mudar. Os homens -- papai e tios -- foram convocados. Em casa permaneceram as mulheres e as crianças. Os serviços agrícolas mais pesados foram suspensos, os animais começaram a ser abatidos, para o consumo próprio ou para abastecer o exército. A pobreza e a fome foram se instalando.
Considerando o modelo de guerra ainda vigente o melhor campo de batalha ofertado para os dois exércitos era justamente a Friulli-Venezia Giulia. E foi por aí que os italianos iniciaram a ofensiva contra os austríacos: para o nordeste, em busca da ocupação dos territórios de língua italiana. De início avançaram; porém, tal como no front ocidental, logo as coisas estagnaram, as trincheiras foram cavadas e, cada palmo de chão passou a ser conquistado à custa de muitas vidas. Dois anos de intenso conflito, e os italianos optaram por manter-se na defesa das posições ocupadas. Os aliados, que insistiam na manutenção da ofensiva italiana para enfraquecer os países germânicos no front ocidental, castigaram a nova estratégia defensiva retirando sua ajuda em armamentos. Por seu turno, a Áustria aumentara a pressão sobre a Alemanha para que a ajudasse na ofensiva. O resultado foi uma ofensiva das forças alemãs e austríacas sobre o elo mais fraco da defesa italiana, impondo a esta a fragorosa derrota de Caporetto e a retirada trágica do exército italiano em outubro de 1917. A Província de Pordenone sempre esteve no caminho: tanto no avanço, quanto na derrocada.


Derrocada militar após Caporetto


População fugindo do avanço alemão

www.youtube.com/watch?v=AxJ272JzQ90
Sequencia do filme "Adeus às Armas", de 1957, com Rock Hudson, Jennifer Jones e Vittorio de Sica, mostrando a retirada de Caporetto.


A esta altura, as mulheres da família haviam morrido na epidemia de tifo, restando apenas as crianças. Minha avó Maria, com apenas quatorze anos, era a responsável por sete irmãos e sete primos com idade abaixo dela. A única ajuda com que contava era a irmã Amália, um pouco mais nova. Parentes e vizinhos, em grande maioria, retiravam-se caoticamente junto com o exército, temendo o avanço alemão. Os que permaneciam em suas casas, tinham sua própria luta pela sobrevivência. Os invasores sempre têm chifres, orelhas pontudas e pés de cabra. Mas, a maior ameaça, nas derrotas e retiradas, são os desertores.
Sem produção agrícola, com o comércio em desordem, um dia as provisões se esgotam, mesmo se racionadas. Quando isto aconteceu, as crianças juntaram os últimos restos de fubá da despensa, com alguns ingredientes que sobraram, e Maria fez uma suculenta polenta, colocou no centro da grande mesa de madeira, e todos sentaram-se à volta, olhares famintos, esperando que esfriasse o suficiente para ser consumida. De repente, a casa é invadida por dois desertores, igualmente famintos, cobertos de barro, gritam e ameaçam as crianças com suas armas, pegam a polenta como podem e continuam sua fuga inglória O desespero tomou conta das crianças famintas. As grossas tábuas do piso da despensa cobriam um pequeno porão para onde escorriam as perdas dos produtos armazenados. Era o último recurso. Havia uma abertura por onde apenas o mais magrinho de todos conseguia passar. Depois de vários desmaios, ele conseguiu recolher uma quantidade suficiente de farelo que, uma vez separado precariamente da poeira, forneceu uma polenta muito menos apetitosa do que a perdida.
Tempos de penúria. Poucas vezes lhes era permitido serem crianças; como quando à noite se debruçavam nas janelas para observarem os clarões distantes da artilharia: primeiro a nordeste, depois ao norte e, finalmente, a oeste. Diariamente as duas irmãs deixavam os menores no pavimento superior, os mais velhos controlando os mais novos, e saíam pelos arredores em busca do que encontrassem. Certa vez, retornando com a noite iniciada, entraram em casa e sentiram como se tropeçassem em sacos de roupas. Andaram mais um pouco e notaram que pareciam pessoas deitadas; ouviram imprecações numa língua estranha. Apressaram o passo, alcançaram a escada e refugiaram-se em seus quartos. Quando o dia amanheceu, desceram e constataram: um regimento alemão acampara em sua casa! Os temidos diabos verdes estavam ali, na sala, na cozinha, por tudo. Aos poucos foram vendo que não eram nem verdes, nem diabos. Logo veio o intérprete do destacamento avisá-las que a casa e a fazenda haviam sido confiscadas pelo exército alemão, mas que não se preocupassem. Mantivessem, para segurança de todos, as crianças pequenas afastadas das armas e demais aparatos bélicos, que brincassem em locais onde não atrapalhassem a movimentação das tropas, e eles os protegeriam e alimentariam enquanto ali estivessem. Os dias até melhoraram com a fazenda transformada em quartel alemão; se é que existem dias melhores que outros numa guerra.


Avanço dos exércitos alemão e austríaco - mudança da linha do front. O ponto vermelho é a casa da minha avó.


Houve sustos, neste período: afinal, não se consegue transformar uma guerra em veraneio. Como na noite em que fizeram uma comemoração qualquer entre os soldados, da qual as crianças participaram e, quando se recolheram, Maria e Amália, que dormiam na mesma cama, notaram um vulto que lhes aparecia do lado dos pés. De imediato acharam que era o pai delas; possivelmente morto em combate e tentando avisá-las. O vulto insistia em aparecer, como alguém que se levanta e torna a abaixar-se; elas acenderam uma vela e deram de cara com um soldado alemão. Minha avó apanhou uma vassoura e dá-lhe bater no rapaz, que tentava esquivar-se ou aparar os golpes com os braços gritando: "perdon!perdon!"; até encontrar com dificuldade a porta e precipitar-se escada abaixo. Elas se trancaram, choraram, rezaram, até se acalmarem e dormir. No outro dia, assim que desceram foram abordadas pelo intérprete que pediu-lhes desculpas, informando que o soldado bebera um pouco além da conta, errara de direção e acabara em seu quarto. Se elas quisessem, poderiam dar parte ao comandante, mas ele solicitava que o perdoassem e deixassem por isso mesmo. Vendo, ao fundo,o rapaz cheio de hematomas e olhar súplice, perdoaram o ocorrido.
Noutra ocasião, os alemães receberam informação de sua Inteligência de que aviões aliados iriam bombardear seus acampamentos. Rapidamente cortaram todas as amoreiras e mais algumas árvores da fazenda e cobriram toda a casa, construções auxiliares, barracas de campanha e equipamentos bélicos. Mal terminaram, surgiu o pequeno avião: a bomba foi lançada a mais de duzentos metros da casa, formando uma enorme cratera, que se tornaria atração turística por muitos anos. Não se sabe se o que funcionou foi a camuflagem dos alemães ou a precariedade da incipiente guerra aérea. Salvaram-se da bomba, mas à custa das amoreiras, inviabilizando a retomada da produção de seda.
O avanço das tropas alemãs e austro-húngaras foi contido pelos italianos no Rio Piave, poucos dias depois da queda e da retirada de Caporetto. A guerra nesta frente entrou, então, na mesma indefinição que ocorria na frente ocidental, com enorme sacrifício de vidas por ambos os lados, mas sem avanço territorial. Em junho de 1918 os alemães tentaram definir as coisas com uma ofensiva que durou oito dias e terminou com a vitória dos italianos. A partir daí, os italianos tomaram a ofensiva e em outubro iniciaram a batalha de Vitório Vêneto, derrotando as forças alemãs-austríacas e vingando Caporetto. A Itália, praticamente, decidiu a guerra, pois com o esfacelamento das forças das potências centrais na frente italiana, a Áustria viu-se obrigada a assinar um armistício com os aliados, ensejando a estes a invasão da Alemanha pelo seu território. Esta possibilidade convenceu a própria Alemanha a assinar o armistício em 11 de novembro de 1918, terminando o conflito que passaria à história com o nome de Primeira Grande Guerra.
Ao retirar suas tropas da casa dos De Carli, o comandante alemão pediu a Maria e às crianças que posassem para uma última foto, dizendo: "Se eu chegar vivo em casa quero mostrar à minha esposa o que mais me tocou nesta guerra: uma criança cuidando de quatorze crianças!"
Cerca de dez milhões de mortos custara o desatino. Porém, a lição ficaria, diziam políticos e intelectuais, nunca mais haveria guerras. Não? Vinte anos depois teria início outra, a Segunda, que terminaria com mais de cinquenta milhões de mortos!
Mas, por ora, a paz era festejada. Os exércitos desmobilizados. Os aliados, nas reuniões de Paris, obrigaram a Itália a diminuir suas pretensões em favor da Sérvia; mesmo assim, incorporou o Trentino e Trieste ao seu território. Os homens retornavam em grupos às suas casas. As mulheres e crianças ficavam nas portas e portões ansiosas, esperando noticias. Maria, seus irmãos e primos, viram um grupo de homens conversando animadamente enquanto caminhavam pela Via Racolta. No portão da pequena propriedade, um deles, barbudo, cabeludo e sujo, separou-se dos demais e entrou. As crianças se encolheram com medo, traumatizadas com as experiências dos últimos anos. Um deles gritou: "É papá! É papá!" Correram todos ao seu encontro, parando ante seu enfático aviso: "Párem, não cheguem perto, estou cheio de piolhos! Preciso de banho e tesoura, depois abraços!"
Neste ponto, a história de Maria desliga-se da história geral, tornando-se apenas uma saga familiar.
Os dias se passaram, a terra e a economia arrasadas ofereciam poucas perspectivas. Meu bisavô casou-se de novo, nasceu-lhe mais um filho. No início dos anos vinte resolveu tentar a sorte no Brasil. Numa fazenda de Vila Bonfim (hoje Bonfim Paulista), em Ribeirão Preto, Maria conheceu Pietro e casaram-se em outubro de 1923. Ela e sua madrasta engravidaram quase ao mesmo tempo. Ela, esperando minha mãe, Virgínia, e a madrasta, esperando o tio Giuseppe, último filho do meu bisavô. Mas, a madrasta não se acostumou no Brasil, onde seu bebê nascido na Itália, Marino, contraiu paralisia infantil. Então, antes mesmo do nascimento da minha mãe, meu bisavô e os demais filhos voltaram para Itália. Como bom italiano, saiu de cena dramaticamente, dizendo à minha avó: "Quando partirmos, pode imaginar que estarão passando dez caixões por aquela porta, porque nunca mais nos veremos!" Não foi bem assim. Amália também havia se enamorado de um imigrante: Agostinho Amadio. Ela seguiu para a Itália com a família, esteve por lá uns nove anos, ajudou a criar os dois menores, teve vários pretendentes, mas voltou para o seu Agostinho. Casou-se por procuração, uma vez que naquele tempo mulher solteira não viajava sozinha.

Enfim, Maria de Carli e seu esposo Pietro Vendrame (conhecido como Pedro Vendrame, tal como nos documentos brasileiros), em foto "oficial". Eles passaram a maior parte de suas vidas em Birigui-SP, tiveram sete filhos e muitos netos. Foi homenageada pela Câmara de Vereadores com seu nome em uma rua da cidade: no bairro Residencial Pedro Marin Berbel, uma rua antes denominada "Marginal 2", passou a chamar-se "Rua Maria de Carli Vendrame". Grato pela homenagem, senhores vereadores. (3)



(1) Conforme a publicação "L'agro pasianese in una cronaca del 1912", de Emanno Contelli, Edizioni La Quercia, 1982.
(2) Todas as ilustrações sobre a guerra foram retiradas da publicação "História do Século XX", Abril Cultural, 1974.
(3) Antiga foto do acervo familiar.

P.S. De Carli Antonio, acompanhado de sua segunda esposa, Pilot Albina, mais os filhos Maria, Domenica, Amelia, Tereza, Adele, Antonio, Rosa, Umberto, Primo, Irma, Secondo e Marino, mais o irmão, De Carli Lorenzo, embarcaram no vapor "Príncipe de Údine", em Gênova-Itália, em 27 de maio de 1921, desembarcando em Santos-Brasil em 13 de junho do mesmo ano. Passaram pela Hospedaria do Imigrante, em São Paulo, que os encaminhou para a fazenda Pau Alto, de propriedade de D. Iria Alves Ferreira, em Vila Bonfim, Ribeirão Preto, onde se instalaram no dia 15 do mesmo mês. Retornou à Itália no segundo semestre de 1924, deixando no Brasil apenas a filha Maria.

4 comentários:

Unknown disse...

Linda e emocionante a história da nossa Família! Sem palavras pai.. algumas lágrimas..
Carol

João A. V. Donha disse...

Como se pode ler no texto acima, a Itália sofreu uma grande derrota em Capporetto para as tropas austro-húngaras, porém reorganizou-se nas margens do Rio Piave, de onde partiu para a revange realizada uma ano depois, em outubro de 1918, na batalha de Vitório Vêneto. Nesta batalha os aliados tinham 57 divisões, sendo 51 italianas! As demais eram: 3 britânicas, 2 francesas, uma checo-eslovaca e um regimento americano.
Dentre os maiores absurdos que li sobre a Primeira Guerra se destaca o de um professor de historia que ensina a seus alunos que a "Itália, derrotada pela Áustria, abandonou a guerra em 1917". E cita como fonte o historiador Eric Hobsbawn, em sua "Era dos Extremos". Ora, nesta obra, Hobsbawn não diz que a Itália "abandonou" a guerra em 1917; diz apenas que a Itália sofreu uma debacle em Capporetto, em 1917; e diz que tal derrota e retirada foi descrita por Ernest Hemingway no livro "Adeus às Armas". Certamente o professor não leu o livro do Hemingway e, atendo-se apenas ao título, julgou que quem dera "adeus às armas" no livro teriam sido os italianos. Quem leu o livro (ou viu o filme) pode verificar que quem deu "adeus às armas" foi o personagem americano do Hemingway, que apaixonou-se por uma enfermeira e desertou.

Anônimo disse...

Sensacional João.
Foi muito bom conhecer melhor esta história com tantos detalhes.

Abs,
Rodrigo

João A. V. Donha disse...

http://www.inci.org.br/acervodigital/upload/requerimentos/BR_SP_APESP_SACOP_REQ_C07547_00800.pdf
Requerimento de Antonio de Carli solicitando restituição da passagem Gênova-Santos.