segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O ETERNO RETORNO?

Quando vocês lêem aqui que no futuro teremos eleições diretas para juízes e promotores, que os impostos arrecadados ficarão em sua maior parte no local de arrecadação, seguindo para estados e união apenas a contribuição da comunidade, vocês acham absurdo e dão uma risadinha de pena. Não se preocupem, nem se julguem diferentes. Era exatamente assim que reagiam as pessoas de bom senso, no século XVII, quando alguém dizia que era possível um pais existir sem um rei.

domingo, 14 de novembro de 2010

O FUTURO DO BRASIL

Que tal deixar para seus filhos e netos um país que não passará de um entreposto comercial? Sim, um país inteirinho só com estabelecimentos comerciais. Compraremos e venderemos. Talvez tenhamos alguma produção, mas, sempre o será de produtos desenvolvidos pela humanidade livre, pelos quais pagaremos altíssimos direitos.
Por que? Por causa das burrices de quem faz leis, e, mais ainda, de quem fiscaliza e aplica tais leis.
Como teremos cientistas, pesquisas, criatividades e criações, se nossos jovens são reprimidos até no elementar trabalho escolar ou acadêmico de coletar e classificar insetos? Antes, nos tempo em que éramos donos de nosso país, e este era livre, qualquer professor de biologia determinava um trabalho de coleta e classificação, desde o colegial até a falculdade, quiçá no pós. Hoje, uma burocracia que só alimenta os altos salários de fiscais de órgãos ambientais e promotores, cria tantos obstáculos que se torna muito mais seguro colocar os alunos para pesquisar na internet as descobertas alheias, feitas pelos povos livres. Ou é prá justificar salários, ou essas pessoas têm cérebros tão reduzidos que concebem a possibilidade de trabalhos dessa natureza extinguirem os insetos!
Tudo é criminalizado: justificando os salários da repressão e garantindo os honorários da defesa.
Cada povo tem o futuro que merece!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

DIRETAS JÁ!

Veja o que saiu na imprensa hoje:

"A Coordenação da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil divulgou nota técnica em que defende a Teoria de Resposta ao Item (TRI) como uma metodologia que permite a elaboração de provas diferentes para o mesmo exame, que podem ser aplicadas em qualquer período do ano, para grupos diferentes, com o mesmo grau de dificuldade".
E mais:
"Na nota, a ONU diz que a TRI tem 'amplo respaldo na literatura científica internacional' e é utilizada em um 'conjunto importante de avaliações conduzidas por organismos internacionais'. A Organização cita como exemplos o Programme for International Student Assessment (Pisa), realizado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), e o Literacy Assessment and Monitoring (Lamp), iniciativa do Instituto de Estatística da Unesco".
E finaliza:
"Vale ressaltar ainda que a metodologia da TRI prioriza o uso de habilidades reflexivas e analíticas em detrimento à memorização de conteúdos, o que representa um avanço importante em relação a outros modelos de avaliação".
Mas, não adianta, nosso aiatolá de plantão é teimoso como uma mula (sem ofensas, apenas uma analogia com o temperamento desse valioso animal de carga):
"Para o procurador da República no Ceará Oscar Costa Filho, que moveu ações pedindo a suspensão e a anulação do Enem, o MEC quer transportar o princípio da TRI - de permitir provas comparáveis ao longo do tempo - para usá-lo na elaboração de um concurso público, ferindo a isonomia entre os candidatos. 'Relativizar o resultado de um vestibular é gravíssimo e atenta contra os direitos humanos', afirma".

Além de se insurgir contra a ciência e o desenvolvimento tecnológico atestados internacionalmente -- tal como o faziam os inquisidores com Galileu --, o cára se arroga uma realeza maior que o próprio rei: entende mais de direitos humanos que a ONU, organização que tem tais direitos como sua razão de ser.
Sempre me pareceu que, do jeito que está, o MP lembra bem a inquisição, metendo-se na vida de de todo mundo, com a desculpa de "fiscalizar as leis".
Mas, otários somos nós que pagamos um altíssimo salário para o rapaz.
Por isso, repito, "diretas já, prá promotor e juiz!"
Se o meu barbeiro fosse eleito promotor, não faria uma lambança dessa.

Agora, e o ministério da educação? Tá esperando o quê? O promotor recorrer e suspender de novo? Se o gabarito iria inicialmente ser divulgado na terça, não era para estar pronto? Então, por que a demora?

Parece que precisamos de "diretas já!" também para os ministérios do executivo...

VITÓRIA DA RAZÃO

Quem dera fosse sempre assim. Na questão do Enem prevaleceu o bom senso e a razão. A liminar que pretendia causar um imenso prejuízo aos cofres públicos e à vida de milhões de alunos, motivada pela ignorância do promotor em matéria de avaliação científica, foi derrubada.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

INTERVENÇÃO DO JUDICIÁRIO

Podem constatar no Estadão de hoje (lido por mim no MSN), não sou só eu que o digo. Diversos especialistas em educação, comentando as dificuldades e soluções para o ENEM, concluem que as principais trapalhadas que travam o bom desenvolvimento do nosso país, são as exageradas intervenções do judiciário em assuntos acadêmicos e científicos. A mim, simples cidadão, subalterno por lei a todos esses poderosos senhores, parece-me (digo, parece-me, portanto não é uma afirmação), que o nosso aparato jurídico se envolve nesses assuntos para fugir de suas obrigações no combate ao que é realmente crime: drogas, homicídios, assaltos, etc., de onde, talvez, saíssem machucados.
Agora, sem querer ofender ninguém, mas, não lhes parece que o nosso judiciário -- melhor seria, talvez, dizer, os nossos "operadores do direito", para incluir aí não só juízes, como também promotores e advogados --, lembram bem os aiatolás do Irã?

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O ESTADO TRAPALHÃO

O Estado todo, com todos os seus ilegítimos (porém legais) poderes.
Desde o congresso constituinte, a maior fraude da história do mundo que um dia será amplamente revelada, até as leis esdrúxulas que ele perenizou. E os poderes constituídos pela fraude.
O executivo faz uma nova trapalhada no Enem. Mas, convenhamos, desta vez foi uma trapalhada pequena: um erro de 0,0003%; facilmente corrigível. Corrigível, se tivessem tempo de o fazer, como em qualquer nação civilizada, se não entrasse em cena ("em cena", esta expressão é apropriada) as trapalhadas dos "operadores do direito"; que não têm a obrigação de conhecer as teorias matemáticas de avaliação pedagógica, mas poderiam ser mais humildes, ou menos gananciosos de mostrar poder, e consultar os especialistas da área.
Agora, um universo superior a três milhões de estudantes que se esforçaram e confiaram nas instituições está ameaçado de prejuízo por causa da precipitação dos nossos "juristas" que não estão nem um pouco atualizados com as teorias modernas de aferição, e, aferrados aos seus arcaicos conhecimentos clássicos de geração de testes e concursos emperram a máquina educacional do país, e lançam no descrédito o sistema que nos livraria da desgastada indústria dos vestibulares. E bastaria a esses senhores e senhoras, que têm em suas canetas o poder de travar qualquer possibilidade de progresso, apenas lançar no google a expressão "teoria da resposta ao item", ou mesmo a sigla TRI, para deixarem trabalhar quem é do ramo, e irem cuidar de assuntos mais prementes em suas áreas.

Enquanto isto, a pizzaria da minha rua acaba de ser assaltada pela enésima vez e ninguém faz nada: o Estado não existe!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

DEU NO JORNAL:

"Vaticano vai realizar cúpula para discutir casos de abusos sexuais".

Mammamia! Que não imprimam o convite na mesma gráfica onde imprimem as provas do Enem. Se trocam uma letra!...

Poderiam usar o português da terrinha: realizar cimeira.
Mas, acho que ficava ainda pior.

TRI - TEORIA DE RESPOSTA AO ITEM

Pretender que nossos promotores e juízes saibam o que é isso, é confiar demais num sistema educacional que não consegue nem realizar um exame de avaliação sem trapalhadas.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O BRASIL ESTÁ SALVO!

Mas, sobraram sequelas... E ameaças.
As ameaças ficam por conta da persistência do candidato em continuar se autodesconstruindo até no discurso final. Em todos os países, o candidato derrotado procura, no discurso de admissão da derrota, mostrar-se magnânimo, pensar mais no país que em si mesmo, e usa um tom conciliatório para não prejudicar as condições de governabilidade, pelo menos no início do mandato do adversário; condições que ele desejaria para si mesmo se a situação fosse inversa.
Não foi o que aconteceu. O candidato derrotado, mostrando-se relutante até mesmo em pronunciar o nome da oponente, serviu-se de palavras duras, belicosas, armadas: "...prá quem pensa que a luta acaba aqui, ela está apenas começando..." "...vocês (os adeptos dele) cavaram uma trincheira... ergueram uma fortaleza..."
E as sequelas ficam por conta não só do candidato e seus adeptos, mas, principalmente, de parte da imprensa, que se empenharam irresponsavelmente em destruir a laicidade do Estado, um dos pilares da convivência republicana. Para isso contaram com a ajuda de entidades nada republicanas, como o excêntrico "partido monarquista", o papa, e os falsos profetas evangélicos que sonham, talvez, com a implantação de um estado teocrático. Ainda bem que vários bispos católicos, e muitos pastores evangélicos, salvaram a situação, resgatando a dignidade da religião.
Pior sequela ficará pela tentativa encetada de reescrever a história e inverter seus valores, o que provocou o ressurgimento da mais abjeta direita, e levou até um membro da suprema corte do país a declarar na imprensa que são válidas, para conhecimento de candidatos, por decorrência de qualquer pessoa, "informações" obtidas sob cruéis torturas. Foram tantos e tão virulentos os saudosos do período militar que ousaram sair de seu armário político, que vale aqui a pergunta: "onde escondeste, todo esse tempo, o teu fascismo?"